ACADEMIA SANTANENSE DE LETRAS, CIÊNCIAS E ARTES
Antonio Machado
A história de um povo é escrita pelos amantes das letras, tornando-a imortal para a posteridade na perenidade do tempo. Pensando nesse paradigma, um grupo de intelectuais, tendo a frente o escritor José Fontes Malta Neto, se reuniu e cheios de ideais, criaram a Academia santanense de letras, ciências e artes no dia 29 de maio de 2012, que completou 05 anos de bons serviços prestados a cultura santanense e região sertaneja. No último sábado, aquele sodalício das letras, se iluminou para comemorar festivamente seu lustro literário, cuja solenidade teve lugar nas dependências da AABB. Local numa noite memorável, que certamente passará para os anais daquela casa das letras na ocasião dois novos sócios efetivos tomaram posses, o decano Bartolomeu Barros, empresário bem sucedido que somente aos 80 anos de idade se descobriu escritor, e este modesto jornalista. Registre-se, entretanto, que os escritores estavam todos presentes como também a nata da sociedade santanense que foram prestigiar aquela festa dos que fazem as letras no hinterland.
O poeta Colly Flores escreveu: “bonito não é o que escreve, mas o que se escreve”, e realmente, é deveras interessante observar os escritos daqueles que muitas vezes, nem possuem formação acadêmica, e autodidata, porque escrever bem é uma arte nata do ser humano. Clarisse Lispector escreveu está máxima: “tem coisas que Deus dá para a gente aprender, e tem coisas que Deus só dá quando a gente aprende”.
A vetusta Santana do Ipanema já estava de há muito merecer uma academia de letras, visto ser aquela cidade celeiro de homens que sempre cultivaram as letras no cotidiano da vida fazem seu passatempo maior, registrando à crônica que assinala a história, enquanto outros retratam numa tela com seu cinzel, as mais belas paisagens que encantam enchendo os olhos dos admiradores dessa arte, dada a leveza e a inteligência prodigiosa do artista, e a Academia de letras e artes, em boa hora, veio resgatar esses valores, que muitas vezes, anonimamente, faziam verdadeiras obras de artes, hoje são catalogados e registrados perpetuando-se na imortalidade das artes, como sabiamente escreveu Dr. Tobias Medeiros: “a história é a perpetuidade dos que se foram em glorificação e orientação aos que ficaram e haverão de vir”. É, pois, Academia santanense de letras, ciências e artes, a pioneira do sertão em resgate literário a aglutinar os escritores, poetas, artesãos e similares como verdadeiro resgate desses valores que fazem a história nos carrascais sertanejos, pessoas que escrevem notáveis páginas literárias, não para se imortalizarem, mas para os que vierem depois se situem no tempo e no espaço, porque o passado se escreve com a tinta do presente pra os próceres da história. Escreveu acertadamente, Robert Anson (1907-1988) que: “uma geração que ignora a história não tem passado nem futuro”, pois os ideais dos homens quando convergem para o bem comum, tornam-se imortais no lastro da história, visto a história ser como a saudade, liga o passado ao presente, e o poeta analfabeto, Colly Flores mandou-me este aforismo tão singelo quanto belo: “quem não sabe de onde vem, não sabe para onde vai”, os caminhos das letras são íngremes, porém perlustrados de uma beleza invulgar e doce como néctar que a abelha suga na corola da flor.
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