Traumas na Infância: comportamentos que podem revelar

Opinião

Por Sarah Regina Cardozo - Psicóloga

Pode parecer inacreditável, mas é verdade: segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), UNICEF e UNESCO, em publicação de junho de 2020, metade das crianças do mundo - cerca de 1 bilhão -, são atingidas por agressão física, sexual ou psicológica, sofrendo privações, negligência, ferimentos, incapacidade e até morte.

Esses números assustam ainda mais quando se constata que 30% a 60% dos maus tratos acontecem no ambiente familiar.

A violência na infância gera traumas e deixa marcas profundas, que afetam a pessoa por toda a vida. Embora nem todos os que passam por experiências difíceis se tornem traumatizados, para muitos a dor do trauma é maior do que podem suportar.

Qualquer tipo de abuso, seja físico, mental, sexual ou mesmo a negligência, pode levar ao trauma. Alguns conseguem pedir ajuda. Muitos, porém, se calam e carregam a dor por muitos anos.

Traumas de infância podem gerar sensação de medo, estresse, mudanças físicas e de comportamento. É necessário tratamento, pois esses traumas afetam a autoimagem, as emoções e dificultam o relacionamento da vítima com outras pessoas e com o mundo à sua volta.

Alguns sintomas comuns de quem passou por traumas psicológicos são o isolamento social, hipervigilância, depressão, ansiedade, respostas de alarme e sustos exagerados, fobias, perturbações do sono, distúrbios alimentares, entre outros. Esse quadro pode aumentar a propensão a transtornos psicológicos e psiquiátricos, como depressão, síndrome do pânico e até dependência química.

Tanto crianças quanto adultos que sofreram traumas e violência podem se beneficiar muito do acompanhamento com um Psicólogo. A psicoterapia ajuda na ressignificação das dores e promove o autoconhecimento, para que a pessoa construa novas crenças, pensamentos de confiança, força e coragem, para viver de forma mais tranquila, ativa e positiva.

Conte comigo nesta jornada. A vida se faz no presente e, ainda que não seja possível esquecer completamente da dor, é possível diminuir seu tamanho e mantê-la onde ela deve permanecer: no passado.

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