Neurocirurgiões mantêm atendimento e aguardam parecer da PGE

Os 20 neurocirurgiões que prestam serviços ao pacientes do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, e à Unidade de Emergência Daniel Houly de Almeida, em Arapiraca, que haviam anunciando na tarde de ontem (30) a interrupção na prestação dos serviços, decidiram retroceder após uma reunião de mais de duas horas com o secretário executivo de Saúde, Herbert Motta.

A reunião contou com a presença do presidente da Coopneuro, Jacques Alan, além dos médicos Fabrício Avelino, Carla Gomes e Josias Inácio, que anunciaram que após a reunião de hoje a categoria deverá manter o atendimento até o dia 14 de dezembro, quando a Procuradoria Geral do Estado (PGE) deverá emitir parecer sobre a contratação da cooperativa pela Secretaria Executiva de Saúde.

Segundo a assessoria de comunicação da Sesau, em consulta anterior, a PGE não teria se oposto à contratação, mas por tratar-se de órgão público é necessária a emissão de um parecer autorizando o estado a realizar a contratação.

Ainda na tarde de ontem, em entrevista ao Alagoas24horas, o médico Wallam Rocha Mendes afirmou que a categoria trabalha há dois anos com contrato verbal, irregular, sem documentação. ?Estamos brigando pela legalização do nosso serviço?, disse o neurocirurgião, explicando que a categoria e a própria justiça já deram vários prazos para que o Governo legalizasse a situação.

Histórico

Há dois anos, desde dezembro de 2007, o Estado não conta com uma equipe de neurocirurgiões em seu quadro funcional. A categoria, que pediu demissão coletiva neste período, fundou a Cooperativa de Neurocirurgiões de Alagoas (Coopneuro/AL) e, desde então, trabalha em regime de "contratualização precária".

Após várias negociações, em dezembro de 2008 a Procuradoria Geral do Estado (PGE) autorizou a contratação emergencial de neurocirurgiões por meio da cooperativa, mas, segundo os médicos cooperados, os contratos nunca foram oficializados.