Doenças crônicas atingem 75% dos idosos

Saúde

Theodomiro Jr. - ASCOM - Santa Casa de Maceió

A pesquisa "Indicadores Sociodemográficos e de Saúde no Brasil 2009", divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que as doenças crônicas, entre elas a osteoporose, a demência, o mal de parkinson, o diabetes, o câncer e as cardíacas, já atingem 75,5% dos idosos do País. No entanto, apenas 29% deles têm plano de saúde.

Se por um lado o Brasil envelhece rapidamente, por outro os grandes centros urbanos precisam melhorar a infraestrutura de serviços de saúde para dar conta desta nova realidade. O estudo mostra que aqueles que dependem exclusivamente do sistema público sofrem mais com essa falta de infraestrutura do que os conveniados a planos de saúde.

Conforme o IBGE, em menos de 40 anos o Brasil passou de um perfil de mortalidade típico de uma população jovem para o de uma sociedade envelhecida, caracterizada por enfermidades complexas e mais onerosas, próprias das faixas etárias mais avançadas.

Para se ter uma ideia, entre os pacientes na faixa etária de 0 a 14 anos foram reportados apenas 9,3% de doenças crônicas. Já entre os idosos este índice sobe para 75,5%, sendo 69,3% nos homens e 80,2% nas mulheres.

Questionada por que as mulheres aparecem na pesquisa com mais doenças crônicas do que os homens, a coordenadora do Serviço de Geriatria da Santa Casa de Maceió, Helen Arruda, explicou que elas se cuidam mais, vão ao médico com mais frequência e, por tabela, aparecem mais nas estatísticas. ?Esse cuidado com a saúde leva as mulheres a viverem, em média, sete anos mais que os homens?, respondeu.

Valor dobrado - De acordo com o IBGE, o custo da internação per capita dos idosos chega a dobrar de valor com o avanço da idade, passando de R$ 93 por idoso na faixa dos 60 aos 69 anos, para R$ 179 acima dos 80 anos. Na média, os idosos apresentaram, em 2006, um custo per capita de 100 reais menor do que as mulheres, que registraram 135 reais.

A pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela também que é desigual o acesso aos equipamentos de diagnóstico por imagem no Sistema Único de Saúde (SUS) e na rede privada.

Enquanto na rede pública há carência de tais equipamentos, exceção feita à mamografia, no sistema privado tais equipamento estão disponíveis em número maior do que o que determina a legislação.

Em relação à tomografia computadorizada, por exemplo, um estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico revela que enquanto a média dos países analisados é de 13,8 equipamentos por 1 milhão de habitantes, no Brasil um índice total chega a 4,9.

No tocante à rede privada de saúde brasileira (30,8 por 1 milhão de habitantes em 2005), o índice assemelha-se ao dos Estados Unidos, que é de 32,2 por 1 milhão de habitantes.

Theodomiro Jr.
Jornalista | Assessoria de Comunicação
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