Em 2008, família de possível doador não autorizou transplante; espera levou mais de um ano e meio
Gilberto Ramalho comemora vida nova ao lado dos filhos
O escriturário aposentado Gilberto Ramalho Xavier, 63, alagoano que recebeu um segundo coração em transplante realizado na Santa Casa de Maceió, recebeu alta nesta quinta-feira após 30 dias de internação e um ano e sete meses de espera por um doador.
Submetido a uma complexa intervenção cirúrgica, liderada pelo cardiologista José Wanderley Neto, o paciente teve uma rápida recuperação, sem sinais de rejeição e comprovando o êxito do transplante, avaliou o cardiologista de plantão na UTI Cardíaca, Mário Martiniano. Ele mostrou-se surpreso com o rápido progresso do quadro clínico do paciente.
Perguntado sobre o que gostaria de fazer ao receber alta, Gilberto Ramalho abriu um belo sorriso e disse: ?Quero abraçar minha neta, Sara, de seis meses, e minha mãe, Alice (89 anos), que tanto torceu por mim?.
Convivendo agora com dois corações, Gilberto Ramalho relembra o dia em que foi informado de um possível doador. A expectativa de uma vida nova logo se transformou em decepção, quando a família não autorizou o transplante. ?As famílias devem pensar melhor. A doação não vai causar uma dor maior, mas vai salvar uma vida. Hoje, todos de minha família são doadores porque sabem que a perda de um ente querido pode ser a chance de salvar uma vida?, disse o aposentando.
Elogiando o tratamento recebido no hospital, Gilberto Ramalho mandou uma mensagem tam-bém às mais de 56 mil pessoas que, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), esperam um órgão no Brasil: ?Tenham tanta fé ou mais do que eu tive?, resumiu.
Apesar de não dispor de dados sobre o índice de mortalidade, a ABTO contabiliza o ingresso anual de cerca de 13 mil pessoas na fila do transplante no Brasil. Enquanto isso, nos Estados Unidos cerca de 17 pessoas morrem diariamente esperando um transplante. Segundo dados da United Net-work for Organ Sharing ? órgão que controla o sistema de transplantes ? nos EUA existem 80 mil pessoas na lista de espera, esperança que pode demorar entre dois e seis anos para se tornar reali-dade.
Para pacientes como Gilberto Ramalho, que hoje gozam de vida nova, a sobrevida nos trans-plantes de coração tem bons índices. Segundo Jarbas Dinkhuysen, presidente da Sociedade Brasilei-ra de Cirurgia Cardiovascular, 78% chegam a dois anos; 70%, a cinco anos e 54% a dez anos. Para esclarecer suas dúvidas consultamos o portal www.doevida.org.br e reunimos abaixo as principais dúvidas sobre o tema.
Fonte: Assessoria de Comunicação - Santa Casa de Maceió
Alagoano que recebeu segundo coração tem alta da Santa Casa de Maceió
SaúdeTheodomiro Jr. - ASCOM - Santa Casa de Maceió 11/09/2009 - 10h 00min ASCOM - Santa Casa de Misericórdia de Maceió

Gilberto Ramalho comemora vida nova ao lado dos filhos
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