Dizem que o filho é corda do coração, mesmo diante de tantos quadros dolorosos que hoje enchem as páginas dos noticiosos, quando se ver pais e filhos se digladiaram, como a se esquecerem dos valores afetivos e morais que os une.
Sabe-se entretanto que, muitas vezes, um lar hostil gera filhos que parecem perder o liame do amor paterno. Com o advento da família centrada no estudo e o emprego, os pais parecem que, aos poucos, vão perdendo suas condições de pais, levando os filhos a enveredarem pela vida a sós, e que, na maioria das vezes, nem sempre acertam. Com o trabalho fora de casa, os filhos começam a se distanciarem dos pais, perdendo até o contrato de uma ‘’conversa informal’’. O pedir a bênção aos pais, parece ser coisa do passado, o tratamento se ‘’senhor’’ cedeu lugar a ‘’você’’, haja vista ninguém querer mais ser velho, vê-se nas famigeradas novelas pais e filhos com as maiores intimidades em seus papeis, e que, ás vezes, são os filhos na realidade, porém passam o público uma mensagem completamente adversa do campo afetivo que se constrói no lar, pois essa é a regra dos ‘’fazedores’’ de novelas, dos formadores de opinião pública, que diariamente, infestam os lares, pois se sabe que a televisão é hoje uma força das maiores, fazem do valer todo seu poderio,com um único objetivo ”divertir e formar a seu modo”.E os outros? Que se danem,quem for fraco que se quebre, o que prevalece é à força do mais forte.
Aos poucos, os pais vão abandonando os filhos, porque o diálogo está morrendo na família, e o pouco que ainda resiste, os péssimos programas televisivos estão tirando, para incutir os seus modos.Os pais não conversam com os filhos, e estes se sentem tíbios, até mesmo por não terem ainda a formação devida de uma conversa amistosa com os pais, gerando aí os filhos do abandono...crescem tornando-se pessoas introspectivas e até autistas, como frutos de maus relacionamentos, quando a Bíblia diz que os filhos são as alegrias dos pais.Ora se existem filhos abandonados, é porque existem pais abandonando.Quando do batizado de Jesus, Ele ouviu do Pai esta frase: “este é meu Filho amado em que ponho todo meu amor”, e é, pois, esse amor que deve existir entre pais e filhos, porém a responsabilidade maior cabe aos pais de tomarem a iniciativa de aproximar-se dos filhos, cativando-os com gestos e palavras, para encaminhá-los na estrada sinuosa da vida, que carece de tantas mãos, qual planta tenra necessita de água e cuidados para vicejar, sobretudo na sua infância.
Outro aspecto a ser considerado é a escola, a ela cabe a tarefa de educar para a sociedade, os professores devem ser a continuidade dos lares de cada aluno, sobretudo com mais aprofundamento, porque a educação nasce no lar, floresce na escola e frutifica na sociedade.É, pois, o professor, um outro pai para o educando, e a este, cabe-lhe obedecer pela segurança que passa, Alexandre Dunas, pai , sentenciava:”devo mais a meu mestre, que meu pai, pois este me dá o pão que alimenta a vida, aquele, o pão, que alimentava a alma”.
Portanto, o pai que dialoga com seus filhos, conversa com eles, está evitando um isolamento do filho, e seu abandono mais tarde, e muitas vezes, por sua própria culpa. Estendamos, pois, as mãos uns aos outros pais e filhos, e certamente teremos um lar alegre e feliz.
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