NÃO ESTOU À VENDA!

José Vaneir Soares Vieira

“Respondeu, porém, Nabote a Acabe: Guarde-me o Senhor de que eu te dê (venda) a herança de meus pais” (1 Reis 21.3).

Se atentamente olharmos ao nosso redor, perceberemos uma gama de propagandas oferecendo bens e serviços: são milhares de produtos à venda, próprios de uma sociedade capitalista, que objetiva lucrar, lucrar e lucrar.

Por outra banda, não são somente produtos e serviços que nos são oferecidos diariamente. Pessoas são vendidas ou se vendem: vendem o corpo, a moral, a ética, o respeito, a honra, a dignidade, a fé, a alma...

Homens e mulheres que se vendem para a obtenção fácil e imediata de lucro ou simplesmente prazer: vão desde os garotos e garotas de programa, até o sexo fácil e prazeroso de uma juventude transviada que se perdeu na vida, esquecendo os valores mais importantes da vida, suas famílias e prioritariamente a Deus como Ser Criador a quem um dia prestarão contas de suas vidas vividas inconseqüentemente.

Maridos e/ou esposas que se vendem entregando-se à infidelidade, tornando a prática um ato normal na relação a dois e, quando não aceito, é suportado dentro de um casamento artificial, mentiroso e desastroso, pois por mais que se torne aceitável, as conseqüências naturais do adultério se percebem (perceberão) a curto e em médio prazo, não somente destruindo a relação do casal, mas atingindo os filhos, a outra família envolvida, a própria sociedade, pois há ao final um esmigalhamento da (s) família (s), cujo prazer inicial não terá valido a pena, porque passa e dele não se lembra mais.

Garotos e garotas ainda adolescentes que vendem sua virgindade, sua pureza em barganha de uma prazer momentâneo, por moeda ou porque todos hoje são instigados a fazerem, sob pena de não serem aceitos dentro daquele grupo ou serem alvos chacotas.

Pessoas vendem o respeito, a ética, a moral, a dignidade, o caráter para obterem melhores empregos, bons negócios, melhores salários, imóveis e tantas outras coisas perecíveis, não percebendo o valor daqueles bens imateriais em comparação a esses últimos.

Funcionários Públicos que vendem o respeito, a honestidade na função pública em troca de míseros ou não míseros valores, colocando em risco não somente seu emprego, mas sua honra.

Outros mais que em busca de uma maior quantia de restituição de renda colocam em sua Declaração de Imposto de Renda notas frias a pretexto de que o Governo também nos rouba.

Famílias (pais e mães) que vendem a responsabilidade de educar seus filhos à babá, a secretária, a vizinha, a uma creche... esquecendo-se que há responsabilidades intransferíveis. Filhos que vendem a honra de seus pais quando desobedecem deliberadamente a eles, desrespeitando, se insubordinando, agredindo (moral e fisicamente) e tratando-os pior do que os estranhos.

No entanto, milhares ou milhões de pessoas a todo o momento, estão vendendo suas almas para o mundo como sistema alienado de Deus e controlado pelo Maligno. Esses homens e mulheres, jovens e adolescentes que deliberadamente resolveram viver uma vida separada de Deus, totalmente alienado Dele, quando se entregam as mais variadas formas de tentação, vida livre e descompromissada, anti-religiosa, buscando sempre o prazer, prazer e prazer, e que para poder usufruir de tudo o que o mundo maligno oferta, é preciso dar algo em troca: a alma. Por essa razão Jesus perguntou certa vez: “Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mateus 16.26).

Não venda suas virtudes, não se venda, não venda sua alma!

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