Foi publicada no Valor Econômico

João do Mato

Foi publicado no Valor Econômico 07/10/2009.
O Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), com sede em Piracicaba (SP), vai colocar este ano no mercado duas novas variedades de cana convencionais mais produtivas e resistentes a doenças. Essas cultivares, batizadas de CTC 19 e CTC 20, fazem parte da quinta geração de novas variedades desenvolvidas pela empresa.
A CTC 19 tem seu pico de produtividade a partir de junho, período de pico da colheita de cana no Centro-Sul do país. Já a CTC 20 tem sua melhor performance entre março e abril, início da safra na mesma região, afirmou Tadeu Andrade, diretor de pesquisa e desenvolvimento do CTC. "Pela primeira vez na história do CTC desenvolvemos variedades com alto índice de produtividade. A CTC 19 tem um desempenho 11% maior que as variedades mais tradicionais utilizadas em campo. Já a CTC 20 chega 38% na comparação com suas concorrentes", disse.
O CTC se debruçou por 12 anos em pesquisas antes lançar essas duas variedades. "Hoje conseguimos fazer o mesmo em 10 anos", afirmou. "Essas cultivares também são apropriadas para regiões mecanizadas."
Desde setembro de 2004, quando começou a operar independente da Coopersucar, seu antigo controlador, o CTC colocou no mercado 20 variedades de cana, todas batizadas como CTC. Na gestão da Coopersucar, foram lançadas 67.
Nos últimos anos, o CTC tem investido cerca de US$ 4 milhões por ano em pesquisa e desenvolvimento. "Temos o maior banco de germoplasma do mundo em cana", afirmou.
Neste ano, o CTC anunciou duas importantes parcerias, uma com a Dow e outra com a Basf, em pesquisas de cana geneticamente modificadas. Com a Dow, a empresa firmou parceria para o desenvolvimento de variedades de cana resistentes à broca-do-colmo (Diatraea saccharalis). Esta praga causa prejuízos aos canaviais de cerca de R$ 1 bilhão ao ano. Já com a Basf a empresa pesquisa variedades de cana resistentes à seca.
O que tem haver CTC com Sertão, João do Mato???? Em termos de cultura cultivada,cana de açúcar, nada!!Mas em termos de política de pesquisa, tudo!! Ou seja, não importa a cultura pesquisada e sim os propósitos dela. Vejam a linha da pesquisa : adaptação á colheita mecanizada ( a partir de 2016 toda cana, pela legislação, deverá ser colhida crua), maior riqueza de açúcar nas variedades,resistência á seca e pragas.E as ferramentas utilizadas, dentre outras, são variedades geneticamente modificadas.. Os famosos transgênicos.. E aqui entra a discussão. Se é geneticamente modificada, vai causar danos.Bem. A soja modificada geneticamente está no mercado há mais de década, e responde com 70% da produção mundial e até o presente momento não foi constatado nada que impedisse sua expansão. Portanto, se dispomos de uma determinada tecnologia, que venha beneficiar á população, por que não usá-la??
Veja como se comporta a pesquisa.Ela é dinâmica! Acompanhado a legislação e tentando resolver os problemas que vão surgindo, no caso, praga e seca.E nós, sertanejos alagoanos, o que estamos fazendo para resolver nossos problemas crônicos de manejo do sistema de produção agropecuária?? Perguntar não ofende.O que eu quero mesmo bater é na tecla da pesquisa agronômica.Quando vejo ganhos de produtividade em outras culturas,através da pesquisa,dá uma dor de cotovelo braba.
Distrito Quebra Coco, Sidrolândia-Ms, outubro de 2009.
João Francisco das Chagas Neto- João do Mato-
Joao.neto@cbaa.ind.br

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