O MELHOR DE DJALMA CARVALHO

Antonio Machado

O MELHOR DE DJALMA CARVALHO

Antonio Machado

Nos albores do ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, 2020, a cidade sertaneja de Santana do Ipanema, arvorou-se para sediar com grande garbo, mais uma noite de autógrafos, que, rejubilava-se para receber seu filho maior daquela noite memorável, o escritor Dr. Djalma de Melo Carvalho, mas sobretudo, o cronista mor de todos os tempos da saga literária santanense.
Sou leitor de carteirinha do escritor cronista, Djalma, e me orgulho de o ser, sou seu confrade na Academia de Letras de Santana do Ipanema, lado a lado, juntos, viemos do sítios, Djalma, das trovoadas do seu Gravatá, e, eu, das águas salobras da cacimba do Gameleiro, tangidos pelos sopapos da vida, tornamo-nos cultuadores das letras. Santana tem ao longo de sua história grandes cronistas a exemplo de Breno Aciole, Dr. Floro de Araújo Melo, o geógrafo e professor Clerisvaldo B. Chagas, e tantos outros da nova geração, entretanto, Djalma Carvalho com seu livro Nuvens Carregadas, sobrepõe-se a todos, galgando a casa de 13 obras publicadas, praticamente, todas em estilo crônica, o autor brinca com as palavras, enfeixando-as em belas, jocosas e suaves crônicas, valendo aqui para você, caro cronista Djalma, o que escreveu Arnaldo Wulcherer: “o autor nasce para escrever contos tem o poder de síntese notável e está bebendo água na fonte límpida no côncavo das mãos”.
O poeta nasce, o cronista de faz no cotidiano da vida, ninguém consegue fazer um poeta, porém o cronista tendo talento, os livros os fazem um grande cronista, e, é isto, Dr. Djalma que você o é.
Escreveu Machado de Assis: “o estudo é o melhor das disciplinas. Estudo, trabalho e talento são a tríplice arma com que se conquista o triunfo”.
Nuvens Carregadas lançado no limiar de 2020, pelo escritor Djalma de Melo Carvalho, constitui-se um gáudio de rosas perfumadas com o odor emanado dos corações das crônicas escritas com a tinta da alma e a pena de quem escreve a palavra saudade e não chora. Fazer livros só e somente crônicas, não é para qualquer um, mas você Djalma é cronista na acepção da palavra. Aproveitando esse momento indivisível, agradeço-lhe a gentileza de me ter dado a oportunidade de escrever uma orelha de sua obra, foi-me entretanto, surpresa, pois não sabia e nem recordava mais o artigo escrito sobre uma de suas obras, obrigado. Os livros que você escreveu e publicou, Djalma já lhe imortalizou, pois seu conhecimento é vasto e sua sabedoria é ímpar. No livro sapiensal da Sabedoria, em 8,13, está escrito: “por meio da sabedoria obterei a imortalidade, e deixarei à posteridade uma lembrança eterna”. Você está nesse ângulo do saber, feliz de quem faz livros e semeia o saber, situa Castro Alves.
Padre Antônio Viera escreveu: “o livro é o mudo que fala, o surdo que responde, o cego que guia e o morto que vive”, e você viverá essa história da literatura, onde estiver um livro de crônica, ou um cronista, certamente, Dr. Djalma de Melo Carvalho, você estará presente.

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