Literatura: Projeto Fábula no Atacama (Pouca carniça pra muito bico)

Literatura

Por Fernando Soares Campos

Já faz alguns anos que venho tentando escrever uma fábula ambientada no Deserto do Atacama. Pensei num diálogo entre um urubu e um preá agonizante. Já estava com tudo fantasiado, como quando eu era adolescente, no banheiro, prestando homenagem à saudosa Odete Lara. Mas, como desconheço a fauna do Atacama, pintou uma dúvida: não sei se no Atacama existem preás e urubus. Dizem que, nos oásis e margens das lagoas, podem ser encontrados flamengos, lhamas, guanacos e outras espécies. Bom, nesses locais, pode-se encontrar tudo isso, creio que até preá. Urubu, jamais; pois sabe-se que urubu prefere lugares mais hostis, onde preás morrem de fome e sede. Além disso, oásis não é deserto, é desvio de conduta, como a honestidade desde muito antes de Ruy Barbosa.

Pensei em exportar alguns urubus pra lá. Botei fé na verve. Aí meti o dedo no teclado e espantei uns três: Xô! Xô! Xô! Afinal, a viagem é longa, e um urubu só não faz. Verão.

Nada. Só consegui fazê-los alçar voo e ficar lá em cima planando em espiral e corujando a gente aqui embaixo.

Liguei para um amigo e pedi sugestão sobre como levar uns três urubus até o Deserto do Atacama.

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