O delegado Fábio Costa, da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), divulgou, nas redes sociais, o histórico de crimes e a função de cada um dos 11 membros da quadrilha especializada em assaltos a banco e que foi morta em uma troca de tiros com a polícia, na última quinta-feira (8), em Santana do Ipanema, no Sertão de Alagoas. A 'empresa do crime' funcionava de maneira organizada, com atividade de transporte de armas e organização de esconderijos.
De acordo com informações de Fábio Costa, um dos delegados que atuaram na força-tarefa, a quadrilha possuía membros ativos, com funções bastante específicas, que contava com coordenação, detonação de caixas eletrônicos, logística de carros e pontos de apoio para esconderijos e transporte de armas.
Alguns já tinham passagem pela polícia. Dentre eles, destaca-se a ação do explosivista Carlos Alberto de Lima, vulgo "Coquinho", responsável por, pelo menos, 30 ataques a instituições financeiras do estado, nos últimos três anos.
CONFIRA ORGANOGRAMA DA QUADRILHA:
Manoel Bezerra de Almeida, vulgo "Matuto"Líder interestadual da organização criminosa;
Cumpria pena no Presídio de Paulo Afonso/BA, tendo saído recentemente;
Várias prisões por roubo a banco nos estados do Pará, Ceará e Rio Grande do Norte.
Evandro de Paula Lima Silva, vulgo "Saulo explosivista"
Principal explosivista da organização criminosa interestadual e um dos mais procurados no Nordeste;
Participou de roubos em praticamente toda a região Norte/Nordeste;
Várias prisões por roubo a banco no estados da Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte;
Foragido de um presídio potiguar desde 2012;
Em sua última prisão, houve troca de tiros com a PM na cidade Catolé do Rocha/PB;
Envolvimento em explosões de bancos e carros-forte na Paraíba e Rio Grande do Norte.
Cristiano Rômulo de Souza Rodrigues, vulgo "Rominho"
Preso em 2017 por integrar quadrilha de roubo a banco e a carro-forte em operação conjunta da CIPE caatinga PM/BA e GATI do 5º BPM/Petrolina;
Mandado de prisão em aberto em PE, onde era foragido por romper a tornozeleira eletrônica.
José Lutemberg Nogueira Santos, vulgo "Lutinho" ou "Doutor"
Líder e principal articulador do núcleo alagoano;
Mandado de prisão em aberto pela participação no roubo ao Banco do Brasil, em 17 de setembro de 2018, em Igreja Nova/AL;
Responsável pelo apoio aos grupos oriundos de outros estados, providenciando a logística de carros, armas e pontos de apoio (esconderijos).
Carlos Alberto de Lima, vulgo "Coquinho"
Explosivista do núcleo alagoano;
Mandado de prisão em aberto pela participação no roubo ao Banco do Brasil, em 17 de setembro de 2018, em Igreja Nova/AL;
Em sua residência, na zona rural de Craíbas, foram apreendidos 25 kg de explosivos, arma e munições no início de outubro deste ano;
Desde 2015, atuando na função de explosivista, com participação direta em, pelo menos, 30 ataques a instituições financeiras do estado.
Adeildo de Souza Timóteo, vulgo "Del"
Cumpriu pena no sistema prisional alagoano por roubo a banco, tendo sido preso pela SERB/DEIC em abril de 2017;
Desde 2015, atuando junto com Coquinho e Doutor na grande maioria dos ataques a instituições financeiras em Alagoas.
Adjane da Silva, vulgo "Jânio"
Responsável pela logística de fuga, sendo amplo conhecedor das rotas no Sertão, que interligam AL e demais estados nordestinos;
Preso em junho de 2016 por porte ilegal de arma de fogo;
Participou, dando apoio logístico, a vários ataques a instituições financeiras no Sertão de AL e PE.
André Luiz de Morais Lima
Explosivista em ataques a bancos e carros-forte em todo o Nordeste;
Preso em setembro de 2016, pelo GATI e Patrulha Rural/PMPE, por roubo a banco;
Procurado pelas forças policiais de vários estados do NE.
Adriano Souza Silva Júnior, vulgo "Júnior Preto"
Respondia a processo em SE por envolvimento em roubo a banco;
Mandado de prisão em aberto pela participação no roubo ao Banco do Brasil, em 17 de setembro de 2018, em Igreja Nova/AL;
Responsável pelo transporte das armas entre os estados.
Josivan dos Santos, vulgo "Vanvan de Petrolina"
Responsável pelo fornecimento de explosivos, espoletas e cordel detonante para vários grupos de assalto a banco no Norte/Nordeste;
Era responsável por fazer a contenção e atirar contra as bases policiais nas cidades atacadas;
Era procurado por várias forças policiais por envolvimento em ataques a instituições financeiras em Alagoas, Pernambuco e Bahia.
Bruno Emanuel Batista Araújo, vulgo "Bruno de Angelim"
Preso no Piauí por fornecer armas para quadrilhas de roubo a banco em todo o Nordeste;
Ameaçou dois capitães da PM no Piauí;
Considerado um dos mais violentos do grupo;
Era responsável por fazer a contenção e atirar contra as bases policiais nas cidades atacadas.
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