Santa Casa de Maceió: Câncer colorretal avança entre adultos jovens

Saúde

Por Theodomiro Jr. Jornalista MTE 575 - ASCOM

Perda de peso, mudança no hábito intestinal, sangramento nas fezes. Esses são alguns dos sintomas do câncer de colorretal, terceiro tipo de tumor mais comum em homens e o segundo em mulheres, que, por ano, mata mais de 15 mil pessoas no Brasil. Para chamar a atenção sobre a necessidade de prevenção da doença, a Santa Casa de Maceió reforçou a campanha Setembro Verde, idealizada pela Sociedade Brasileia de Coloproctologia.

A coloproctologista Aline Apel alerta para a necessidade de um olhar mais atento do paciente sobre sua saúde geral. "As pessoas só procuram o médico quando estão sentindo alguma coisa, não como prevenção. As mulheres, por exemplo, sabem que precisam ir ao ginecologista a cada ano, mas a especialidade de proctologia é muito pouco procurada quando não se tem sintoma nenhum. O problema é que quando eles aparecem, a doença já está num estágio mais avançado e o tratamento é mais complicado", disse a especialista.

Segundo o cirurgião Camilo Câmara, que esteve presente no encontro do Projeto Mama deste mês na Santa Casa de Maceió, a incidência da doença vem aumentando nos últimos anos, principalmente em adultos jovens. No Brasil, houve aumento de 6% em relação ao índice anterior, segundo informações do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Esse aumento também foi notado nos Estados Unidos, o que fez a American Cancer Society (ACS) reduzir a idade recomendada para início de rastreamento de 50 para 45 anos.

O câncer colorretal pode ser prevenido com a realização precoce do exame de colonoscopia, que tem a capacidade de remover pólipos antes que se transformem em câncer. Segundo ele, no Brasil as pessoas acima de 50 anos já tem indicação de fazer a colonoscopia, independentemente de ter queixa ou algum tipo de sintoma. Em alguns casos específicos, como históricos familiar de câncer de colón, ou algum sintoma especifico como sangramento, perda de peso e alteração no hábito intestinal, ele deve provocar uma ida mais cedo ao médico.

A indicação para quem tem histórico familiar desse tipo de câncer é antecipar o exame em dez anos. Se o familiar teve câncer aos 40 anos, os parentes de primeiro grau têm que começar a fazer o rastreamento a partir dos 30.

COLONOSCOPIA

Exame onde um tubo flexível acoplado a uma câmera é introduzido através do canal anal, com o paciente sedado, após um preparo específico com dieta e laxantes. O tubo percorre a região do reto e intestino grosso, o que permite visualizar a mucosa que reveste internamente, podendo realizar biópsias ou retirar pólipos.

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