Médicos suspendem atividades nas unidades públicas de Alagoas

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Por Tamara Albuquerque | Portal Gazetaweb.com

presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed), Wellington Galvão

Mobilização da categoria ocorrerá no dia 3 de agosto para denunciar à sociedade o sucateamento da rede de saúde

Os médicos em Alagoas vão aderir à mobilização nacional e suspender, no próximo dia 3 de agosto, as atividades nas unidades de saúde da rede pública no Estado. Nessa data, a categoria pretende conscientizar à população usuária do SUS para o desmonte que, segundo a categoria, o governo federal promove na área, especialmente com a falta de recursos para investimentos nos serviços.

Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed), Wellington Galvão, a saúde pública nunca esteve tão sucateada e os médicos nunca foram tão "desrespeitados" como nos últimos anos.Galvão denuncia como exemplo a falta de material de insumo básico para o funcionamento das unidades de saúde. Segundo ele, os pacientes estão levando papel para fazer cópia de receituário porque na maioria das unidades esse tipo de documento está em falta.

"Somos favoráveis à paralisação nacional, até porque não nos faltam motivos para isso", comenta Galvão na coluna do SInmed na Gazeta deste final de semana.

O Sinmed e outras entidades médicas, como o Conselho Federal de Medicina (CFM) em Alagoas e a Associação Médica Brasileira (AMB) vão esclarecer à sociedade, através de carta aberta, o grau de sucateamento das unidades de saúde no Estado. Em Maceió, o sindicato tenta mobilizar a categoria para fazer uma mobilização itinerante nos postos de saúde e demais unidades no dia da suspensão das atividades.

A categoria também quer mostrar ao ministro da saúde, Ricardo Barros, que a categoria trabalha e sem condições para isso. Em discurso na última quinta-feira (20), o ministro se desculpou com a categoria médica e disse que a fala dele na semana anterior, quando afirmou que médicos do SUS fingem que trabalham, não era dirigida a todos os profissionais da área. Barros pediu para que os médicos não se sintam ofendidos e afirmou que já esclareceu para a categoria o teor da fala. A declaração do ministro, não convenceu a categoria.

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