Sexualidade: Ejaculação Feminina

Sexualidade

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É impressionante que, às portas do século XXI, ainda se questione a existência da ejaculação feminina. Isso, graças à completa obscuridade em que se vê relegada a sexualidade da mulher.
Embora a ejaculação feminina seja uma descoberta mais revolucionária do que a do ponto G, é um fenômeno ainda desconhecido na nossa cultura. Ela ocorre com mais freqüência quando esse ponto é estimulado, provocando orgasmos consecutivos na mulher. O líquido límpido e transparente que esguicha da uretra, de repente e em jatos, é produzido nas glândulas de Skene e sua quantidade varia de 15 a 200 ml, podendo molhar bastante o lençol. Não tem nada a ver com o líquido que lubrifica a vagina, permitindo a penetração, pois nesse caso seria produzido no início da relação sexual e não no auge do orgasmo.

No início da década de 80, a análise química desse líquido foi feita na Escócia, estabelecendo a diferença entre fluídos ejaculados e urina. Entretanto, o desconhecimento da ejaculação feminina como consequência de um grande prazer sexual continua fazendo vítimas. Algumas vezes ela é confundida com urina, gerando sérios constrangimentos ao casal. Em outras, é mais grave ainda. Já houve casos de mulheres que foram encaminhadas para operação porque seus médicos acreditaram tratar-se de incontinência urinária.

Para haver a ejaculação o ponto G pode ser estimulado com o dedo ou com o pênis. Alguns autores consideram mais fácil no início que a estimulação seja feita com o dedo, num movimento para cima e para baixo. A pressão do dedo pode ir aumentando, assim como a velocidade. Ao contrário do que os homens pensam, o clitóris não deve ser tocado para a mulher atingir o orgasmo ejaculatório.

A reação das pessoas em relação à ejaculação feminina varia da repugnância ao êxtase, da perplexidade à aceitação. Uma mulher de 27 anos relata o que sentiu quando ejaculou pela primeira vez: "Quando aconteceu senti uma espécie de medo por não saber o que estava acontecendo. Estava com um ex-namorado que eu não via há um ano. Foi por acaso. Ele estava com o dedo dentro da minha vagina brincando, quando explodi por completo. Comecei a ter muitos orgasmos seguidos, acho que uns dez. Ele ficou muito espantado, perplexo mesmo, mas adorou. A cama ficou encharcada. Não dá para comparar com um orgasmo comum. Acho impossível existir no mundo um prazer físico que se aproxime deste."

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