PONTOS INSTAGRAMÁVEIS

Crônicas

Alberto Rostand Lanverly Presidente da Academia Alagoana de Letras

Cadeira Gigante em Maceió (Foto: https://maceio.al.gov.br)

Desde muito tempo as pessoas costumam buscar espaços para fazer fotos diferentes, bonitas e que chamem a atenção para compartilhar com amigos e parentes.

Na atualidade com o mundo conectado virtualmente, e o aumento do acesso ao instagram, a população passou a conviver com novos termos tais como “instagrammer” e “instagramável”.

O instagrammer é hoje praticamente a metade da população do planeta, que divulga na web minucias de sua vida, lugares visitados e até o que comem ou fazem, já o instagramável é tudo o que pode ser postado e divulgado levando em conta os padrões estéticos do aplicativo que lhe empresta o nome.

Em viagens, os turistas qualquer que seja a nacionalidade, em suas caminhadas de reconhecimento buscam dois itens e ao encontra-los, logo aglomeram: pontos de wi-fi para conectar o celular com a rede e monumentos conhecidos onde possam registrar suas presenças naqueles locais para imediatamente espalhar.

A estátua da pequena sereia, com cento e vinte e cinco centímetros de altura, exposta em Copenhaguen, na Dinamarca, representa a personagem de um dos contos infantis do escritor Hans Christian Andersen, permanece desde 1913 em seu posto contemplando as águas do porto da cidade e atraindo milhares de turistas todos os dias, transformando-se facilmente em um dos mais aplaudidos símbolos da cidade.

O Manneken Pis, em português algo como “menino que faz xixi”, estátua de pouco menos de 60 centímetros de altura, há séculos instalada próxima à Grand Place de Bruxelas, na Bélgica, faz um tremendo sucesso com os visitantes.

O Merlion, conhecido ícone de marketing de Singapura que representa criatura mítica com cabeça de leão e corpo de peixe, é amplamente utilizado como mascote e personificação nacional do país.

Maceió não fica atrás, pois ao longo dos tempos foi caracterizada por alguns símbolos, dentre eles o Gogó da Ema em Ponta Verde, o Cuscuz do Major, outrora bela fonte luminosa instalada defronte ao Palácio dos Martírios, o boneco Mijãozinho, replica do modelo belga, que agora após reformado deverá voltar à sua moradia na Praça Sinimbu, sem esquecer a Sereia na praia de Riacho doce, sempre imponente a embriagar com seu canto tantos quantos desejam registrar sua imagem.

Nos dias de hoje, a capital dos alagoanos, tornou-se assunto na mídia devido a vários pontos instagramáveis inaugurados em bairros distintos da cidade, alguns de gosto duvidosos é bem verdade, mas todos fascinando tantos quantos deles se aproximam na expectativa de não somente apreciar como também levar nas câmeras dos seus celulares o testemunho de que ali estiveram.

O ser humano é uma criatura fantástica, principalmente quando, fantasiado de turista, está fora dos seus domínios. Seja ante uma vitrine diferente e interativa, parede decorada com quadros ou grafite, tudo vale para garantir um “like”.

De parabéns os que com suas ideias projetaram Maceió para além fronteiras, até porque apesar das críticas de muitos, a grande maioria comprou suas mirabolantes ideias.

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