A ARCA DE NOÉ E O VÍRUS CHINÊS

Joaquim José Oliveira Chagas

A ARCA DE NOÉ
E O VIRUS CHINÊS

Havia os sentimentos comuns, como a separação ou o medo, mas continuavam a colocar em primeiro plano as preocupações pessoais. Ninguém aceitara ainda verdadeiramente a doença. A maior parte era sobretudo sensível ao que perturbava seus hábitos ou atingia seus interesses. Impacientavam-se, irritavam-se, e esses não são sentimentos que se possam contrapor à peste. A primeira reação, por exemplo, era culpar as autoridades. A resposta do prefeito, diante das críticas de que a imprensa se fazia eco — “Não se poderiam propor medidas mais flexíveis que as adotadas? ”
“A Peste” Albert Camus.

Meus irmãos, quem imaginaria, um cenário como este que vivemos no nosso querido Brasil, como aconteceu rápido, uma hora nós estávamos trabalhando, na outra já estávamos em quarentena, palavra que muitos jovens nunca tinham ouvido falar. O sonho de todo condenado é a prisão domiciliar, hoje o Brasil está em prisão domiciliar e qual foi nosso crime?
Há no direito (Princípio da proporcionalidade) que diz que a pena não pode ser maior que o delito!

E qual foi o delito? E o tamanho da pena? Segundo alguns indícios a China com seu povo maravilhoso de tradição milenar, que nos legou o papel, a bussola, a pólvora, o macarrão a sabedoria taoista e o confucionismo etc. não tem culpa nenhuma, mas seu partido comunista genocida e ditatorial sim, como dizia um de seus líderes Deng Xiaoping: - Não importa a cor do gato, com tanto que ele faça a sua função que é pegar rato. E este gato vermelho continua fazendo a função para qual foi criado, continua pegando rato.

Segundo a imprensa Internacional a china sonegou informações importante ao mundo, pois não queria, ser o epicentro de mais uma epidemia, a exemplos de outras que de lá surgiram. E o preço foi “ O Silêncio que mata Inocentes” e o tamanho da pena? Ainda não podemos mensurar. Como responsabilizar o partido Comunista Chinês pelo ocorrido? Foi acidental? Foi proposital? No mínimo uma brutal negligência do Estado.

Como investigar um País com um sistema antidemocrático e que é uma potência militar e econômica? E ele entenderia sua culpabilidade? Haveria algum modo mais eficaz de sabotar a economia de uma nação do que utilizar uma praga desta para limitar a produção de bens em todo o mundo?

Com o colapso do Terceiro Reich os cientistas nazistas ao serem questionados diziam: - O que tenho a ver com a política? Sou um técnico. Para dar a essa ou a qualquer nação moderna um senso de culpabilidade, seria necessário retornar a explicar o pecado de Prometeu.

Portanto, estará nas mãos dos historiadores responder um dia a estas indagações? Mas como fica o mundo após este lockdown? Ainda é cedo para afirmar, mas tudo indica que o crash de 1929, a segunda guerra mundial, a crise do petróleo e a crise de 2008, nos dá uma idéia do que virá.
Mas, tenhamos esperança, pois os homens sempre se reinventam, pois na vida só existe uma direção: seguir sempre em frente. Isto me lembra Sócrates no Fedro: ... que não aprendera o que sabia com as árvores do campo, mas com os homens da cidade, desmascarou a falácia do cientificismo. Ou seja, apesar de todo o terror que estão implantando no coração dos homens com esta pandemia é na relação Eu e Tu que encontraremos a solução para superar esta crise. Não sei se o mundo sairá, mas solidário, mas espiritualizados, mas de uma coisa tenho certeza, muitos conceitos e prioridades serão revistos. Gostaria de partilhar com vocês uma passagem do Evangelho que se encontra em Mc 6,45-52 transcrita pelo Papa emérito BENTO XVI, na qual Jesus antecipa, durante a sua vida terrena, esse modo de proximidade, tornando-o assim mais facilmente compreensível para nós.

Após a multiplicação dos pães, o Senhor ordena aos discípulos que subam para a barca e partam à sua frente para a outra margem, em direção a Betsaida, enquanto Ele próprio despede a multidão. Depois Ele retira-Se para o monte a fim de orar. Entretanto, os discípulos estão sozinhos na barca. O vento é contrário, o mar revolto. Veem-se ameaçados pelo ímpeto das ondas e da tempestade. O Senhor parece estar longe, em oração, lá no seu monte. Mas, dado que está junto do Pai, Ele os vê. E porque os vê, vem ter com eles, caminhando sobre o mar, sobe para a barca com eles e torna possível a travessia até a meta.
Esta é a imagem para o tempo da Igreja, destinada precisamente a nós também. O Senhor está “sobre o monte” do Pai. Por isso Ele nos vê. Por isso pode em cada momento subir para a barca da nossa vida. Por isso sempre podemos invoca-lo e estar sempre seguros de que Ele nos vê e nos ouve. Também hoje, a barca da Igreja, com o vento contrário da história (Pandemia), navega através do oceano agitado do tempo. Frequentemente dá a impressão que vai afundar. Mas o Senhor está presente, e vem no momento oportuno. “VOU E VENHO A VÓS: esta é a confiança dos cristãos, a razão da nossa alegria.

Por enquanto continuemos a navegar em nossas Arcas (casas) a salvo desde dilúvio de vírus chinês. Creio que muito em breve com ajuda de nosso Senhor e Salvador aportaremos são e salvos com nossa prole no monte Ararat e ao pôr os pés de novo em terra firme poder dizer: Te vejo agora como se fosse pela primeira vez.
Joaquim José Oliveira Chagas

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