SERÁ QUE VAI DAR CERTO?

Fábio Campos

A frase-título é apelativa. Talvez não tenha muito haver com a crônica. Não tem nada a ver? Ou nada tem haver? Qual melhor se encaixa, neste caso?

“A ver”, e “haver” são termos homófonos [produzem o mesmo som] e também são parônimas, possuem formas semelhantes, porém sentidos diferentes. Sabrina Vilarinho no site mundoeducacao.bol.uol.com.br disse: Antes as pessoas diziam “Isto não tem nada que ver com você.” Contudo foi-se simplificando. Usa-se o “ter a haver” quando alguém tem dinheiro a receber de alguém, ou recuperar algo que perdeu. Quando quiser dizer que algo não tem relação a outro, use “a ver”.

Já que estamos falando de termos homófonos. Aproveito pra citar uns homônimos homógrafos [palavras semelhantes na pronuncia e na grafia]. Ao exemplo, de uma poesia de mais de quarenta anos, de minha autoria, e que recentemente publiquei no meu *Blog.

Isabel sentiu pena/ da pena escrava/ e valeu a pena/ usar apenas a pena/ para libertar os escravos/ da dura pena/ que até fazia pena. [composição datada de: 07.09.1978 publicada em: 10.05.2019]

Então, quantos tipos de ‘Pena’ temos nos versos? A primeira: substantivo masculino: o dó; a segunda pena: castigo; terceira pena: indulgência; quarta: objeto de escrever, caneta; quinta: condenação; sexta: novamente substantivo masculino: o dó.

Curiosidades do mundo das palavras que andei ouvindo no rádio. Fui à busca e encontrei aqui na internet:
“Na China antiga, as meninas eram tão indesejadas nas classes pobres, que não recebiam nome ao nascer. Até se tornarem adultas eram conhecidas apenas pelo lugar que ocupavam na lista numerada de nascimentos: a primeira, a segunda, a terceira filha etc. sitedecuriosidades.com”
Interessante é que, a nobreza e o clero devem ter achado o método interessante. Pois ainda hoje usa esse método para Monarcas e Papas. Ao Exemplo de: João Paulo II; Dom Pedro I; Luiz XV etc.

Você sabia? O método Braille de escrita para cegos foi desenvolvido a partir de um código usado em guerra. Também ouvi no rádio e busquei aqui. Veja: “Em 1821 quando Louis Braille tinha somente 12 anos, Charles Barbier capitão reformado da artilharia francesa, visitou o instituto de cegos onde apresentou um sistema de comunicação tátil chamado ‘Serre’. Usava-se uma sovela para marcar pontinhos em relevo em papelão que podia ser sentido no escuro pelos soldados. Assim era possível trocar ordens e informações de forma silenciosa. Dois anos depois Braille melhorou seu próprio sistema, incluindo notação numérica e musical. O sistema permanece praticamente o mesmo até hoje. Fonte: wikypedia.org.br

Voltemos ao título da crônica: Será que vai DAR certo? Ou Será que vai DÁ certo? Quem já não esbarrou nessa dúvida? Fomos ao Yahoo.com.br/respostas Melhores respostas: Lucilene Santos, disse:

“DAR é verbo no infinitivo (1ª conjugação). E DÁ é o próprio verbo já flexionado no presente do indicativo. Exemplos: “Não dá mais pra segurar. Explode coração!” [música de Gonzaguinha] “Vai ter que dar! Vai ter que dar!”[música de Gal Costa]. E teve um anônimo que foi ainda mais objetivo: “O DAR, você usa no futuro: Ele vai dar aula. O DÁ, você usa no presente: Hoje não dá pra eu ir.”

Pra encerrar umas piadas. Pois “RIR AINDA É O MELHOR NEGÓCIO”

“O médico fala pro paciente:
-Você tem só três semanas de vida.
-Ok. Quero a primeira semana de janeiro. E as outras duas entre natal e ano novo.”

“Joãozinho quero ver seu boletim.
-Eita pai, hoje não dá.
-Como assim?
-É que emprestei a um colega, que queria dar um susto no pai dele.”

“Uma senhora se comove ao ver um garotinho, na ponta dos pés tentando apertar a campainha da casa.
-Deixa que a titia aperta pra você.
Apertou. O garoto olhando pra ela:
-Legal! Agora corremos.”

Fabio Campos, 20 de maio de 2019.
*fabiosoarescampos.blogspot.com

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