JÔ SOARES, COLLOR E PADRE FRANCISCO CORREIA

Fábio Campos

Dizem que uma mentira repetida muitas vezes, por muitos, acaba virando verdade. Iniciamos com este dito popular pra enfatizar o cerne de nossa crônica. Estão falando por aí, que o Jô Soares referindo-se a pretensa eleição de Fernando Collor a governador de Alagoas, plagiando outro velho dito popular teria afirmado no seu programa:

“Errar uma vez é humano; duas vezes é alagoano”

Imaginemos Fernando Collor filosófico e espirituoso que é, também com um dito popular, devolveria na mesma moeda:

Quem não tem cão (e outros bichos mais) caça com gato!

E nós o que diríamos ao apresentador do talk-show? Lembraríamos a ele sobre os paulistas que toda eleição elegem Paulo Salim Maluf? O ex-governador de São Paulo que inspirou a criação da palavra “malufar”, faltou pouco pra entrar no Aurélio como verbete significando, o mesmo que enganar, prevaricar, ludibriar, etc. O que dizer dos cariocas que há alguns anos atrás, votaram e quase elegeram pra deputado estadual o macaco Tião, um símio existente no zoológico do Rio de Janeiro. E o palhaço Tiririca que já agora, lidera nas pesquisas de intenção de votos no estado de São Paulo. Sejamos sinceros: Dá pra criticar a nós alagoanos?

Verdades e mentiras sempre andam, andaram, e sempre andarão juntas. No início da semana, ri à beça, com uma mensagem que o grande amigo João do Mato (João Neto Chagas) me enviou por E-mail, sobre uma servidora pública que quase foi penalizada judicialmente por soltar uma flatulência na repartição em que trabalhava. Novamente Jô Soares entra na história: O juiz do TRT de São Paulo/2007, indeferiu o pedido de punição, impetrado pelo chefe da servidora, que implicaria em multa sobre os vencimentos, alegando que:

“Verdade ou engenho literário, em “O Xangô de Baker Street” Jô Soares relata comprometedora ventosidade de D. Pedro II, prontamente assumida por Rodrigo Modesto Tavares, que por seu heroísmo veio a ser relegado pelo monarca com o pomposo título de Visconde de Ibituaçu (vento grande em tupi-guarani).”

Quer dizer, um flato (o popular pêido) dependendo da situação e da autoria, pode tornar-se um ato heróico assumi-lo.

Verdade mesmo aconteceu com meu amigo professor Marcelo Fausto, ele dedicado pesquisador da história de nosso município, ficou sabendo por acaso que na Escola Estadual Padre Francisco Correia ,havia um quadro com a gravura do referido padre fundador de nossa cidade. Caso fosse verdade seria um achado, uma relíquia. Partiu pra lá correndo: Ao lhe apresentarem, a tal gravura que ali divulgavam como sendo do padre Francisco José Correia de Albuquerque quem ele vê na moldura do quadro: Padre José de Anchieta.

Fabio Campos 24/09/2010 É Professor em S.do Ipanema-AL.

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