DIA DA BANANA

Djalma Carvalho

Hoje em dia é comum ler-se em diversas publicações a existência de dia para tudo que se possa imaginar.
Agora, chega-me mais um.
Descubro, em artigo de autoria de Letícia Spala publicado em “Eu Atleta”, no Google, que o dia 22 de setembro é comemorado como O Dia da Banana, fruta bastante popular e cultivada em redor do mundo.
A articulista, certamente com base científica, apresenta 10 benefícios e nutrientes da banana, dizendo: “Aliada de quem pratica atividades físicas, ajuda a combater insônia e depressão, aumenta a imunidade e ainda faz bem para a saúde do coração, entre outras propriedades.”
Lembro-me, a propósito, do que disse, em entrevista, conhecido campeão mundial da seleção brasileira de futebol: costumava comer banana antes de entrar em campo, para, assim, evitar cãimbra durante o jogo.
Com razão Braguinha e Alberto Ribeiro, autores da marchinha de carnaval “Yes! Nós Temos Bananas”, escrita em 1937 e sucesso no carnaval de 1938. Vejamos a primeira estrofe da marchinha:
“Yes, nós temos bananas
Bananas para dar e vender
Banana menina tem vitamina
Banana engorda e faz crescer.”
A citada articulista listou, a seguir, 10 benefícios da fruta banana:
1 – Reduz o estresse e ajuda a combater a insônia;
2 - Ajuda a prevenir diabetes;
3 - Ajuda a manter o sistema digestivo saudável;
4 - Fortalece o sistema imunológico e ajuda a prevenir doenças;
5- Faz bem para o coração;
6 - É aliada de quem pratica atividade física;
7 – Previne o envelhecimento prematuro;
8 – Ajuda a controlar o colesterol;
9 – Previne o câncer de cólon; e
10 – Fornece energia para treino de atividade física.
Pois bem. Ao ler tudo isso, lembrei-me do conterrâneo e velho amigo santanense chamado Geraldo Valério, de quem faz muitos anos que não tenho notícias. Jovem simpático, modesto, figura do bem, de muitos amigos. Há algum tempo, cerca de 30 ou 40 anos, encontrei-o na calçada de um dos edifícios da rua do Colégio Marista, aqui em Maceió, dizendo-me que ali residia. Supunha que ele então fosse servidor da Ceal ou da Petrobrás. Perdi, a partir daí, seu contato. Não sei, hoje, se vivo, a viver a vida, ou que se tenha ele mudado para o espaço celestial.
O confrade Capiá, meu estimado conterrâneo e colega aposentado do Banco do Brasil, há pouco me dava a seguinte informação desalentadora: “Lembro-me bem dele. Foi meu colega de ginásio. A irmã, Maria José Valério, era dona de hotel e mãe de Washington e de Wilson. Segundo consta, todos falecidos.”
Antes, como funcionário do Dnocs, encontrava-o, vez por outra, no escritório em Santana do Ipanema. Parece-me que ele prestava serviço externo, no campo, ao mesmo órgão governamental.
Certa feita, referindo-se a um seu colega de trabalho no campo, contou-me que, ao retornarem, ambos, à sede do escritório, à hora do almoço, eis que o veículo enguiçara na estrada deserta, longe de Santana do Ipanema. O colega, com bastante fome, encontrara ali mesmo uma modesta barraca a vender somente bananas. Uma baita palma de banana salvaria o almoço do colega operário. Aí, danou-se ele a devorar, primeiramente, as cascas das bananas, para depois, as polpas. E o que aconteceu? Após comer, com gulodice, as cascas, o colega de bucho cheio não mais teve vontade de comer as polpas, infelizmente...
Maceió, março de 2024.

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