NÃO ME DEIXEM MORRER

Diógenes Pereira

A cada ano acontece
A campanha mundial,
Mas só que não permanece
O que é essencial,
O apoio, o cuidado,
Falta alguém ao meu lado
Após setembro amarelo.
No sofrimento da vida
As vezes falta saída,
Por atenção eu apelo.

A nossa sociedade
Continua violenta,
Como na antiguidade
Só mudou a ferramenta.
Pra punir e pra julgar,
Quem trair ou quem roubar,
Não é mais apedrejado.
O bullying estrutural
E na rede social
Ofendido e humilhado.

O suicídio é um adeus
Um tabu para cultura.
Uns dizem: - é falta Deus.
Outros dizem: - é frescura.
Na vida eu tenho sofrido,
Sou doente estou perdido
Por causa da violência.
Me sinto muito culpado,
Sem forças e esgotado,
Perdi a minha essência.

Quem devia me ensinar
Me dá carinho e conforto,
Insiste em me espancar,
Por isso quero estar morto.
Sou mentalmente doente,
Recebo de um parente
Violência sexual,
Violência psicológica,
A família patológica
E conflito emocional.

Como eu muitas pessoas,
Estão pedindo: - socorro!
Escassas de coisas boas,
Recebem muitos esporros.
Vários seres desumanos,
Cruéis, rudes e tiranos,
Maltratam todos a volta,
Os bons são quem adoecem,
Pelos conflitos falecem
Isso me causa revolta.

Chamo atenção e lamento,
Esclareço pra geral,
E são noventa por cento
Que tem doença mental,
Pois quem pensa em morrer
Quer acabar o sofrer
Que perturba sua mente,
As causas do suicídio,
Maus tratos sem subsídio,
Deixa a cabeça doente.

Nunca devemos julgar
A dor que o outro sente,
Você poder ajudar
Escute suavemente,
Quem pensa em tirar a vida
Tem a alma dolorida
E vive desamparado,
Buscando acolhimento
Todo adoecimento
Deixa-o desesperado.

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