Antônio Machado
O homem vai fazendo a história do dia a dia no palmilhar na face da terra dos mortais, sendo pois, a história a mais bela da ciência, enquanto a geografia aponta e assinala alguns aspectos geográficos da terra, a história vai em busca desses pontos, aprofundando-se, e escrevendo como responsável direto de revelar para o mundo os fatos e feitos da passagem do homem na terra, ora em escavações de grandes alcances, ora no talhe de uma planta ou uma pedra escondida que revela partes da história, e o historiador penetra nos seus interstícios, na busca de desvendar os mistérios como feitos pela natureza, esse é o papel fundamental do historiador. Doutor Luciano Barbosa, político e professor, escreveram: “ Ao escrever a história dos homens, é tão importante quanto o registro da participação dos amigos, porque é deles, muitas vezes, o sucesso da nossa narrativa.”
O povo é também guardião da história dos seus feitos, coadunando-se aqui o que escreveu o imortal Ariano Suassuna: “O meu saber não veio só dos livros, mais do povo”. Sim, o povo é sábio em sua essência, que muitas vezes carrega dentro de si verdadeiros conhecimentos como pérolas, mesmo na sua rudeza.
No dia 19 de Agosto comemorou-se o dia desse artífice das letras, o historiador, Joaquim Nabuco (1849-1910 numa homenagem justa e merecida ao grande historiador e eminente tribuno brasileiro, ficando essa data por decisão da Lei de nº 12130 17/12/2009 como dia nacional do historiador, que o Congresso Nacional aprovou o Projeto de Lei do professor e senador Cristóvão Buarque, isto há dez anos, infelizmente, essa data tão memorável, o dia do historiador as escolas como êmulos de propagação da história, como rainha da ciência, sequer falaram na data na sala de aula avivando nos jornais a importância desses pregoeiros da história, a escola que muitas vezes, trabalha o texto, e se esquece o nome do autor, isto é degradante.
O Brasil é celeiro de grandes escritores que são também historiadores, que se imortalizam no manuseio da pena, deixando verdadeiras obras históricas que se eternizam no tempo dentro de um verdadeiro conhecedor dos fatos que marcaram com tinta de ouro, fatos e feitos que a noite dos anos, nem a poeira do tempo conseguiram apagar. O Marques de Maricá, autor de mais de seiscentas máximas do melhor quilate escreveu: “ a história é a biografia da humanidade”. Infelizmente, ainda dorme nas estantes empoeiradas verdadeiros compêndios, sem serem manuseados pelo menos para pesquisas, haja vista, a internet fazer tudo, informa, mais não forma. Colly Flores , escreveu dentro de sua rudeza esta mínima que pode ser máxima : “ se eu tivesse um carro novo / ia à casa do povo/onde a história está/ iria trazê-la/ depois ia escrevê-la / e levar para a escola/ para as criancinhas estudarem”. É sim, no lar onde brotam os primeiros passos da educação, porque a educação nasce no lar, floresce na escola e frutifica na sociedade. A história de cada município deveria ser obrigatória por Lei municipal incutindo na formação dos educados conhecimento de sua terra, ora prezado leitor, quem não sabe de onde vem, também não sabe para onde vai.
Concluo esta modesta homenagem aos historiadores com a bela máxima de Miguel de Cervantes: “ A história é o êmulo do tempo, repositório dos fatos, testemunha do passado, aviso do presente e advertência do porvir.
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