HIV/AIDS hoje no Brasil - Boletim Epidemiológico 2018/MS

Adriano Nunes

HIV/AIDS hoje no Brasil - Boletim Epidemiológico 2018/MS


Maceió ocupa o 5° lugar (com uma taxa de 5.2!) no ranking da taxa de detecção de gestantes com HIV notificadas no Sinan (2018), ficando atrás de Porto Alegre, Florianópolis, Belém e Manaus.

No Brasil, de 2000 a 2018, foram notificadas 116.292 gestantes infectadas com HIV.

A taxa de HIV + só sobe desde 2007! De 2007 a 2018, foram notificados 247.795 casos de infecção pelo HIV no Brasil. Só em 2017 foram notificados 42.420 casos!

De 1980 a 2018, já foram identificados 926.742 casos de AIDS!

O Brasil tem registrado uma média de 40.000 novos casos de AIDS nos últimos 5 anos! A região Sul é a que tem a mais alta taxa de detecção! A região Nordeste tem a menor!

Em Alagoas, a taxa de detecção de AIDS teve uma elevação de 77% (entre 2007 e 2017)!

No Brasil, o sexo masculino é o que tem a maior taxa de detecção de AIDS! Em 2017, foi mais do que o dobro da taxa feminina!

A taxa de detecção em HIV em homossexuais/ bissexuais é de 59.4% em homossexuais/ bissexuais e de 36,9% em heterossexuais. Todavia, em relação à distribuição percentual de casos de AIDS, apenas na região Sudeste os homossexuais/bissexuais têm predomínio. Enquanto que nas demais regiões o predomínio de casos de AIDS é de heterossexuais.

Esses dados nos possibilitam tecer algumas considerações importantes:

1. HIV/AIDS é coisa séria e, portanto, exige esforços de todos os cidadãos(ãs) para o seu controle e prevenção. Sexo é bom, não é pecado, e precisa ser seguro: camisinha sempre!

2. Isso demonstra que somos, de algum modo, hipócritas quando tratamos de sexualidade e prazer. Os dados estão aí para provar que de heterossexuais a homossexuais, ninguém está livre de adquirir o vírus HIV.

3. Que essa história de "família tradicional" parece soar patético quando os dados são expostos. Vejam a quantidade de gestantes contaminadas com o vírus HIV!

4. Precisamos ser mais educados, civilizados e tolerantes! Pena que os dados expostos não evidenciaram qual a religião de cada infectado, pois poder-se-ia, de algum modo, ver que o vírus está possivelmente presente no ateu ao crente mais fervoroso e radical, provando mais uma vez a nossa estúpida hipocrisia.

5. Os números mostram que homens são os mais afetados e atingidos pelo HIV. Em uma sociedade amplamente machista não era de se esperar diferente. Onde a sexualidade da mulher é plenamente reprimida, as aventuras e peripécias sexuais só são aceitas ou permitidas pelos e para os homens, sejam heterossexuais ou não.

6. Cuide-se! Proteja-se! Previna-se! Ame! Seja humano! Deixe de hipocrisia e preconceito! A vida requer mais de todos nós!


Adriano Nunes


*Fonte: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2018/boletim-epidemiologico-hivaids-2018.

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